sexta-feira, 10 de abril de 2020

O SURGIMENTO DO HOMEM E A DISPERSÃO PELO PLANETA

Uma pergunta ainda permanece e divide opniões. Qual é a origem do homem? A patrir daí temos duas teorias: Criacionista e a Evolucionista. O que pode ser dito, de maneira geral, é que todas essas disciplinas (paleontologiaarqueologiateoria evolucionistahistória etc.) lidam com evidências empíricas escassas (isto é, fósseis, instrumentos rudimentares de madeiraossospedras e metais) sobre as quais desenvolvem os seus métodos e extraem as suas hipóteses.

CRIACIONISMO
Assim como o evolucionismo, o criacionismo é uma teoria que tenta explicar a origem da vida e a evolução do homem. No entanto, é importante ressaltar que a teoria criacionista segue uma linha de pensamento distinta da teoria evolucionista. O criacionismo se baseia na fé da criação divina, como narrado na Bíblia Sagrada, mais especificamente no livro de Gênesis na qual Deus criou todas as coisas, inclusive o homem. Lembrando que diversas culturas possuem sua versão própria do criacionismo, como é o caso da mitologia grega, da mitologia chinesa, cristianismo entre outras.
Figura 2. A criação de Adão. Cena representa episódio do Livro do Gênesis, onde Deus origina o homem. (Foto: Michelangelo/Reprodução)

EVOLUCIONISMO
O evolucionismo se baseia em pesquisas cientificas, que surgiram com o experimento científico de Oparin-Haldane. Eles acreditavam que os gases existentes teriam formado as primeiras moléculas orgânicas e mais tarde os primeiros seres vivos. A experiência de Staley Miller acabou defendendo essa teoria, já que ele construiu um equipamento que imitava as condições da Terra naquela época e obteve a presença de aminoácidos no líquido formado. Charles Darwin, com sua publicação “A origem das espécies” (1859), afirmava que o homem era resultado de uma longa evolução que começou com os hominídeos até o homo sapiens, o que corresponde as nossas características atuais.

A teoria da evolução das espécies de Charles Darwin. Junto à teoria da evolução, muitos cientistas ao longo de décadas de pesquisas começaram a estabelecer as características do padrão evolutivo do ser humano, desde os primeiros hominídeos até o Homo sapiens. Entre as características observadas, destacam-se: o bipedalismo, a capacidade de manipulação de objetos como as mãos (em virtude do polegar opositor) e a grande massa encefálica.

Segundo o físico brasileiro Marcelo Gleiser, o criacionismo não é uma teoria. Professor em Dartmouth College há 28 anos, o físico Marcelo Gleiser é hoje um dos principais proponentes da visão que ciência, filosofia e espiritualidade são expressões complementares que a humanidade precisa para abraçar o mistério e explorar o desconhecido. Existe uma ideia de que você tem que ensinar a teoria da evolução e o criacionismo da mesma forma: como duas teorias de como a vida evoluiu na terra. Mas isso é uma grande besteira, porque o criacionismo não é uma ciência e não é uma teoria.

O criacionismo é uma ideia que diz o seguinte: nossa vida é tão complexa, que em milhões de anos de evolução não teria sido possível ela se tornar tão complexa, então foi Deus que fez. O criacionismo é isso e ponto final. Você pode tornar esse argumento um pouco mais sofisticado ou não, mas a essência do argumento é essa. O criacionismo é uma besteira, porque nós sabemos que a teoria da evolução funciona. Todo dia nós vemos a teoria da evolução acontecendo na prática.

Este é um mistério que começou há quase cinco bilhões de anos: como nosso planeta tem se transformado desde a sua forma inicial, e por quê? Novas pistas indicam que a resposta está dentro de cada um de nós. Desde um caso de soluços até a sensação de déjà-vu, as características particulares que temos dentro do nosso corpo têm sua origem nas transformações contínuas da Terra ao longo de milhões e até bilhões de anos. Estaria, então, dentro de nós a chave para o impacto dos asteroides, a extinção das espécies, e o movimento dos continentes? Se assim for, isto pode revelar a história épica do planeta Terra – e a nossa também.
documentário history

CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO
Quanto à questão da evolução, há uma série de argumentos que diferenciam criacionistas e evolucionistas.

De acordo com a teoria criacionista:
-Deus criou o homem e os demais seres vivos já na forma atual há menos de 10 mil anos;
-Os fósseis (inclusive de dinossauros) são animais que não conseguiram embarcar na Arca de Noé a tempo de salvarem-se do dilúvio;
-Deus teria criado todos os seres vivos seguindo um propósito e uma intenção;
-O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, não descende de primatas;
-Não há como comprovar a hipótese evolutiva em laboratório e, portanto, ela não é científica;
-Desde Darwin, vários aspectos de sua teoria já foram revistos, o que prova sua inconsistência;
-A Segunda Lei da Termodinâmica demonstra que os sistemas tendem naturalmente à entropia (desorganização);
-A perfeição dos seres vivos comprova a existência de um Criador inteligente;
-Mesmo admitindo a evolução, ela só poderia ser de origem divina por caminhar sempre no sentido da maior complexidade e do aperfeiçoamento biológico;
-A origem da vida ainda não é explicada de modo satisfatório pelos evolucionistas.

Já para a teoria evolucionista:
-O homem e os demais seres vivos são resultado de uma lenta e gradual transformação que remonta há milhões de anos;
-Os fósseis e sua datação remota confirmam que a extinção de espécies também faz parte do processo evolutivo;
-As transformações evolutivas são resultado de mutações genéticas aleatórias expostas à seleção natural pelo ambiente;
-O homem não é descendente dos primatas atuais, mas tem uma relação de parentesco. Ambos descendem de um ancestral comum já extinto;
-Seres vivos com ciclo de vida mais curto comprovam a evolução por seleção e adaptação, como no caso de populações de bactérias resistentes a determinados antibióticos;
-Apenas detalhes científicos que ainda não estavam claros no tempo em que Darwin viveu, como os avanços na área da Genética e da Biologia Molecular, foram revistos. No essencial, a teoria é válida há 145 anos;
-A Segunda Lei da Termodinâmica não se aplica a sistemas abertos, como os seres vivos;
-Os seres vivos são complexos, mas longe de serem perfeitos. O apêndice humano é um exemplo de estrutura residual sem função;
-A evolução não caminha sempre para a maior complexidade. Insetos atuais são mais simples que seus ancestrais já extintos. Nem sempre a evolução significa melhoria, apenas maior adaptação ao meio ambiente;
-Aspectos fundamentais envolvendo a origem da vida ainda precisam ser mais bem esclarecidos, mas o método científico e não-dogmático é o caminho mais adequado para atingir esses objetivos.

Entre o aparecimento dos primeiros hominídeos e o aparecimento do Homo sapiens, há o espaço de sete milhões de anos. Nesse intervalo de tempo, houve dois segmentos (ou gêneros) principais de hominídeos, o Australopithecos e o Homo, como segue na lista a seguir, que está em ordem cronológica de aparecimento:
  • Australopithecus anamensi
  • Australopithecus afarensis
  • Australopithecus aethiopicus
  • Australopithecus boisei
  • Australopithecus robustos
  • Australopithecus africanus
  • Homo rudolfensis
  • Homo habilis
  • Homo ergaster
  • Homo erectus
  • Homo neanderthalesis
  • Homo heidelbergensis
  • Homo sapiens
Um dos fósseis de hominídeos mais completos já encontrados é o de “Lucy”, uma representante dos Australopithecus afarensis encontrada em 1974, na Etiópia, no deserto de Afar. Esse fóssil possui cerca de 3,2 milhões de anos.

DISPERSÃO DO HOMEM PELO PLANETA 
Comparada à evolução da vida sobre a terra, a evolução humana é um evento muito recente. Os vertebrados já evoluem há 500 milhões de anos, tendo passado por grandes extinções e transições climáticas catastróficas. Ainda que se considere toda a evolução dos mamíferos desde o Triássico, há cerca de 250 milhões de anos, existimos há pouco tempo. Os primatas estão entre as últimas famílias a aparecerem na sequência evolutiva, datando do início do Paleoceno, há cerca de 65 milhões de anos (Martin, 2005). Naquele período, a expansão dos bosques subtropicais e tropicais favoreceu adaptações arborícolas, e o surgimento deste e outros taxa. 

Nos dias atuais, a população está distribuída, ainda que de forma desigual, pelos seis continentes. Contudo, estudos arqueológicos e análise de DNA humano apontam que nosso mais antigo ancestral surgiu na África. Com base em escavações e estudos arqueológicos realizados no continente africano, cientistas e pesquisadores afirmaram que, após uma longa evolução, esse ancestral pode ter dado origem ao Homo sapiens sapiensdenominação científica do homem moderno. Nossos ancestrais passaram a migrar da África e a povoar os demais continentes há mais de 130 mil anos. 

 Figura1. baseado em: www.infoescola.com/historia/chegada-do-homem-a-america

Há cerca de 150.000 anos começou uma nova diáspora africana: a dos hominídeos anatomicamente modernos. Essa dispersão dos homens modernos foi mais rápida do que a dos arcaicos. Embora não tenhamos dados demográficos para os arcaicos, a amplitude geográfica/quantidade de sítios arqueológicos existentes, para poucas dezenas de milhares de anos, confirma que a expansão populacional moderna foi demograficamente avassaladora, mudando o cenário demográfico da espécie. Principalmente a partir de 30.000 anos atrás, quando grandes extensões de terras na Europa e na Ásia já estavam livres do gelo, a multiplicação de sítios dos chamados Homens de Cro-Magnon mostra uma cultura sofisticada, que incluía expressões de arte parietal como a Levantina. Suas cavernas pintadas estão em sítios conhecidos como Altamira, na Espanha, e Lascaux, na França. 

Da Europa e da Ásia, os homens modernos alcançaram os outros continentes, ainda que em período mais recente. Portanto, apenas o H. sapiens dispersou-se como espécie pandêmica, por todo o mundo. Pelas evidências arqueológicas atuais, a travessia das maiores barreiras geográficas, como os oceanos, teria acontecido apenas nos últimos 60.000 anos. Antes do final do último grande período glacial e do domínio europeu pelos Cro-Magnon, outros homens modernos, dotados de recursos tecnológicos que já incluíam a navegação, chegavam a lugares como a Austrália, e pouco mais tarde à América. 

Dominando tecnologias cada vez mais sofisticadas, o homem tornou-se capaz de explorar e manejar plantas e animais, armazenar bens, construir abrigos adequados a diferentes climas, bem como de confeccionar ferramentas e instrumentos que ampliaram enormemente sua capacidade adaptativa. Dotados de organização social cada vez mais complexa, e de linguagem elaborada, dominaram diversos ambientes, forrageando, caçando e pescando. Exploraram diversas possibilidades econômicas e ocuparam várias terras, limitados apenas pela própria capacidade de obter alimentos naturais (Bocquet-Appel & Najji, 2006). 

A CHEGADA DO HOMEM AS AMÉRICAS
Estes grupos humanos teriam vindo da Ásia e entrado na América através do Estreito de Bering congelado, que continha aproximadamente 100 quilômetros de largura. Na década de 1930 foram descobertos artefatos de pedra perto da cidade de Clóvis, no estado do Novo México, nos Estados Unidos, evidências as quais eram de ocupação humana no continente de 12 mil anos atrás. Essas eram as mais antigas encontradas até então. A “Cultura Clóvis” era formada por povos caçadores que produziam ferramentas em pedras, com uma técnica complexa e possuíam traços físicos semelhantes aos das populações asiáticas.

Desta forma, podemos constatar três teorias acerca da chegada do homem na América:
  • Teoria Clóvis;
  • Teoria da chegada pelo mar;
  • Teoria das diversas ondas migratórias para a América.

Teoria Clóvis
Descobertas realizadas no Novo México levaram a elaboração da Teoria de Clóvis, a qual sustenta a ideia de que o homem teria chegado a América entre 15 mil e 12 mil anos atrás, vindo da Ásia através do Estreito de Bering, que se encontrava congelado devido as baixas temperaturas. Posteriormente, o homem teria se irradiado por toda América do Norte e Central, até atingir a América do Sul por volta de 11 mil anos atrás.

Teoria da chegada pelo mar
A partir do ano de 1970, novas descobertas arqueológicas em outras regiões da América, como em Monte Verve no Chile, Aguazuque e Tequendama na Colômbia, Taima-taima na Venezuela e Lagoa Santa em Minas Gerais, no Brasil, indicam ocupações anteriores a cultura de Clóvis, que chegavam até 14.500 anos atrás. Os artefatos encontrados em pedra indicam o uso de técnicas mais simples, mostrando ocupações mais antigas do que as da Teoria de Clóvis. A análise dos restos humanos desses sítios revela características físicas mais parecidas com populações da Oceania e da África. Com base nessa nova descoberta foi elaborada uma nova teoria: a de que o homem teria chegado a América pelo mar, vindo da Oceania e de Ilhas do Oceano Pacífico.

Teoria das diversas ondas migratórias para a América
A terceira teoria é fortemente defendida pelo antropólogo e arqueólogo brasileiro Walter Neves, que defende que houve diversas ondas migratórias para a América, ocorridas em datas diferenciadas e compostas por grupos oriundos tanto da Ásia através do Estreito de Bering, quanto da Oceania.

Outras interpretações sobre a origem do homem na América:
Atualmente, já se reconhece sítios arqueológicos com datações confirmadas entre 15 mil e 25 mil anos atrás, como, por exemplo:
  • Sítios de Santa Eliana no Mato Grosso com 25 mil anos;
  • Sítios na Pensilvânia nos EUA com 17 mil anos;
  • Sitio em Old Crow no Canadá com 25 mil anos.

A polêmica de Niéde Guidon
Segundo os estudos da arqueóloga franco-brasileira Niéde Guidon, os vestígios encontrados nesses sítios, como, por exemplo, acúmulo de carvões, conjunto de pedras queimadas, pinturas rupestres, entre outros, datam de pelo menos 48 mil anos, representando então os vestígios mais antigos da presença humana na América. Segundo Niéde Guidon, a ocupação do Brasil e da América do Sul ocorreu por volta de 50 mil anos atrás.


REFERÊNCIAS
  • BOCQUET-APPEL, J-P. & NAJJI, S. Testing the hypothesis of a worldwide Neolithic demographic transition. Corroboration for American cemeteries. Current Anthropology, 47(2): 341-365, 2006.
  • MARTIN, F. D. El Largo Viaje: arqueología de los orígenes humanos y las primeras migraciones. Barcelona: Ediciones Bellaterra, 2005. 
  • MASSEY, D. et al. Worlds in Motion: understanding international migration at the end of the millenium. Clarendon, Press Oxford, 1993. 


sexta-feira, 2 de março de 2018

O que são curvas de nível?

Curva de nível é o nome usado para designar uma linha imaginária que agrupa dois pontos que possuem a mesma altitude. Por meio dela são confeccionados os mapas topográficos, pois a partir da observação o técnico pode interpretar suas informações através de uma visão tridimensional do relevo. É chamada de "curva" pois normalmente a linha que resulta do estudo das altitudes de um terreno são em geral manifestadas por curvas. 

São associadas a valores de altitude em metros (m). Portanto, a curva de nível serve para identificar e unir todos os pontos de igual altitude de um certo lugar. Esta pode ser interpretada como uma batata, se a cortarmos em camadas, depois gradualmente desenharmos cada "camada" da batata em uma folha de papel, poderemos interpretar o desenho como uma planta de altitudes de um lugar. 

São propriedades das curvas de nível: 
  • Todos os pontos situados sobre uma curva tem a mesma ou altitude; 
  • Duas curvas de nível não podem se tocar ou se cruzar - caso isso ocorra, será resultado de um efeito visual, uma vez que na verdade uma curva passa por baixo da outra, e deve ser representada com uma linha tracejada ou pontilhada;
  • Uma curva de nível sempre tem um fim, seja fechando-se em si mesma, dentro ou fora dos limites do papel;
  • Uma curva de nível não pode bifurcar-se;
  • Terrenos planos apresentam curvas de nível mais espaçadas; em terrenos acidentados as curvas de nível encontram-se mais próximas uma das outras.
A representação de um terreno mediante o emprego das curvas de nível, deve ser um reflexo fiel do próprio terreno.



Assista o vídeo com o Prof. Tiago Marinho sobre as Curvas de Nível


VAMOS PARA A NASA?

O Colégio Santa Maria localizado na zona sul de Recife-PE e com a sua mais nova unidade na Reserva do Paiva, realizou um campeonato inédito, um campeonato de foguetes de combustão sólida. O foguete possui motor a combustão que pode chegar a 300 metros de altura. Alunos de várias idades, do 5° ano do fundamental 1 ao Ensino Médio participaram do campeonato.


Mas essa é apenas uma das novidades. Em 21 de julho de 2018, 30 alunos embarcam para um intercâmbio para a NASA. Isso mesmo NASA!!! 

Os alunos do Colégio Santa Maria realizarão diversos cursos nas áreas de robótica, foguetes, química, engenharia de materiais e treinamentos para astronautas. 

A parceria foi montada com a empresa My Intercâmbio localizada no bairro de Boa Viagem no endereço: Condomínio Empresarial Sermotec - Rua Ernesto de Paula Santos - Boa Viagem, Recife - PE, 51021-330. 

Para mais informações sobre esse intercâmbio falo com a My no telefone: +55 81 3077-4302.


As escolas e grupos de estudantes podem se inscrever neste maravilhoso intercâmbio que acontece nos meses de férias para alunos do mundo todo. 

Vídeo oficial do Intercâmbio na NASA 


sábado, 3 de fevereiro de 2018

Superlua 31/01/2018

Quem observou a Lua do dia 31/01/2018 pode ver um fenômeno raro. Nesse dia aconteceu três fenômenos simultâneos, a lua azul (2° lua cheia do mesmo mês), a superlua (Perigeu Lunar), a Lua estava 14% maior e 30% mais brilhante e o Eclipse Lunar mas esse não foi visível do Brasil, apenas no estremo oeste dos Estados Unidos foi possível observar.

A famosa "Lua de Sangue" ocorre quando, durante o eclipse, a Lua continua à vista e ganha uma tonalidade avermelhada por conta de um efeito da atmosfera terrestre. A Nasa, agência espacial norte-americana, afirmou que passamos por uma "trilogia de superluas": em 3 de dezembro de 2017 e no dia 1º de janeiro de 2018 também foi possível presenciar nosso satélite de maneira maior e mais brilhante. 

Superlua - Foto: Prof. Tiago Marinho
Recife - Janeiro 2018 

Em 2018 teremos alguns fenômenos astronômicos. Alguns eventos excelentes para observar são as chuvas de meteoros. A primeira, conhecida como Liridas, deve ocorrer entre 16 e 25 de abril, com auge previsto para o dia 22. Ainda assim, os destaques são as Perseidas, que devem acontecer entre 17 de julho e 24 de agosto, e as Geminidas, que vão de 4 a 17 de dezembro. 

Na primeira, espera-se uma taxa de até 150 meteoros observados por hora, considerando que o radiante (local aparente de origem dos meteoros) encontra-se exatamente no ponto mais alto do céu. Já na segunda, essa taxa é de 120 meteoros. 

Fique ligado no Geografia Holística e receba informações de vários eventos astronômicos de 2018.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

CAMPEONATO DE MINI FOGUETES DE COMBUSTÃO SÓLIDA

O campeonato de foguetes é destinados a alunos com idade mínima de 9 anos. Os foguetes são produzidos com materiais reciclado como isopor, madeira, papelão com motos de combustão sólida. Esse motor tem autonomia de voo que vai de 40 m a 500 m. Estou realizando campeonatos pequenos para a abertura do campeonato nacional em 2017. As escolas fora de Recife que tiverem interesse em obter os kits para montar competições só é enviar um e-mail para tiagomarinho45@gmail.com 

O campeonato é uma parceria entre o projeto GeoMinds Free Education (www.geominds.wix.com/freeeducation) e Bandeirante (Tecnologia Aeroespacial para a Educação).


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Você acredita em alienígena?

A reportagem de hoje é em relação a vida dentro e fora da Terra. Você acredita em vida alienígena? E se eu disser que existe um alienígena entre nós? Quem acredita? A partir de agora você vai entender que a vida é muito mais antiga do que o nosso Planeta Terra. 


Em publicação anterior, comentei sobre a teoria da panspermia, que explica que a vida na Terra veio através de cometas que se chocaram com a Terra no período que já possuía água em estado líquido proporcionando então as primeiras formas de vida.

Hoje essa teoria já é bem aceita pela comunidade científica. Os meteoritos ao penetrarem nos oceanos, aos se dissolverem, liberaram sais minerais, carbono e uma molécula bem primitiva, que foram os aminoácidos. Tais substâncias uniram-se com outras liberadas pelas chaminés vulcânicas no fundo do oceano. A água já não era tão simples e se transformava em uma sopa rica de substâncias proporcionando as primeiras formas de vida. 

Mas a pergunta é existe algum animal que possua uma característica que nenhum outro possua aqui na Terra? Essa resposta iremos encontrar em uma animal muito pequeno e imperceptível aos nossos olhos. Estou falando do TARDÍGRADO. 

Esse é o extraterrestre que você deve procurar. Não existe nenhum animal com as suas características nem DNA. Esse animal está sozinho na linha do tempo da origem da vida na Terra. Não sabemos em que momento ele chegou no nosso Planeta, mas, uma certeza de que ele não é da Terra e é a forma de vida mais forte e resistente que já conhecemos. 
Tardígrado

Onde podemos encontrar um Tardígrado?

O Tardígrado vive em ambientes úmidos. Podemos encontrá-los em lugares com musgo, como uma floresta, próximo a um lago ou até mesmo no seu jardim. Ele possui comprimento de 0,05 mm a 1,5 mm de comprimento (dependendo da espécie). 

Com relação a sua resistência é o animal mais forte do Planeta Terra. Ele suporta: 
  • Temperaturas que variam de -273°C a 150°C;
  • Pressão de 6 mil atmosferas;
  • Radiação de 5.000 Gy (1.000 vezes mais que um ser humano pode suportar);
  • 120 anos sem água;
  • Sobrevive no vácuo, frio e radiação do espaço sideral;
  • As mais nocivas substâncias;
  • A álcool fervente;
  • 6 vezes a pressão do oceano mais profundo.
Tardígrados são eutélicos, com todos os tardígrados adultos tendo o mesmo número de células. Algumas espécies têm até cerca de 40000 células nos adultos, enquanto outras têm bem menos. O genoma dos tardígrados varia em tamanho, indo de aproximadamente 75 a 800 pares de megabases de DNA. O genoma de uma espécie de tardígrado, Hypsibius dujardini, está sendo sequenciado no Broad Institute. Hypsibius dujardini tem um genoma compacto e um tempo de geração de duas semanas e pode ser cultivado indefinidamente e criopreservado.

Em setembro de 2007, tardígrados foram levados até a órbita terrestre baixa na missão FOTON-M3 e foram expostos por 10 dias ao vácuo do espaço. Após serem reidratados na Terra, mais de 68% dos espécimes protegidos da radiação UV de alta-energia sobreviveram e muitos destes produziram embriões saudáveis, e alguns sobreviveram à exposição plena à radiação solar. Em maio de 2011, tardígrados foram enviados ao espaço junto a outros extremófilos na missão STS-134, o último voo do ônibus espacial Endeavour.
Tardígrado ao microscópio

Obrigado pela visita e continuem sempre acompanhando o Blog Geografia: Uma visão holística com temas diversos na área de geografia e áreas afins. Sábado tem mais! Irei começar com matérias com vídeos em breve. 

Contato
tiagomarinho45@gmail.com ou 
www.facebook.com/professortiagomarinho  






quarta-feira, 8 de junho de 2016

Vamos fazer uma Astrofoto?

O trabalho do Astrofotógrafo não é fácil. Vou informar algumas dicas para quem gostaria de obter um equipamento simples para iniciantes. A primeira coisa é escolher uma boa câmera fotográfica e de preferência que tenha algumas funções noturnas. Aconselho a quem não quer gastar muito, é não procurar pela marca e sim pela configuração desejável. Uma ótima configuração está relacionada ao zoom óptico e o zoom digital. Nunca compre uma câmera que o zoom digital seja maior que o zoom óptico porque esse zoom desfoca a imagem. 

Outro ponto importante é você comprar junto com a câmera um bom tripé para que as fotos saiam perfeitas sem nenhuma tremedeira. Nem sempre a pessoa possui uma boa coordenação das mãos para tirar fotos com uma certa precisão sem mexer um pouco. No caso da astrofotografia, até a respiração irá atrapalhar na hora em que a câmera fixar a imagem para o registro. 

Outra dica importante é na quantidade de Megapixel. Não adianta ter 15, 20 ou mais megapixel se o zoom óptico não for muito bom. Isso irá deixar as imagens embasadas e com baixa qualidade. No momento tenho uma Olympus com 14 MP com 36x de Zoom + tripé. Com essa configuração e acessórios já posso tirar astrofotos com uma certa qualidade. Observem as imagens abaixo. 

A 1° é do dia 08/06/2016 das 19:00h Lua Crescente. Câmera Olympus SP-810UZ 14MP 36XZoom 24mm.

Mais dicas podem entrar em contato comigo pelo e-mail tiagomarinho45@gmail.com. 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

COMO OCORREM OS TERREMOTOS?

O nosso Planeta Terra é geologicamente ativo. Um dos movimentos mais comuns da crosta é a sua movimentação provocada por correntes de convecção do manto permitindo o deslocamento das placas tectônicas. O manto terrestre representa a camada intermediária da Terra, posicionando-se acima do núcleo interno e abaixo da crosta terrestre. Ele é separado dessas camadas por duas descontinuidades, chamadas respectivamente, de descontinuidade de Mohorovicic  e descontinuidade de Gutenberg.
O manto terrestre é a maior entre as camadas da Terra, com cerca de 83% do volume do planeta e 67% de sua massa, com extensão que inicia-se a seis quilômetros abaixo da crosta em algumas áreas oceânicas e vai até 2900 quilômetros, onde chega a atingir temperaturas de aproximadamente 2000ºC.

As placas tectônicas por sua vez é uma porção da litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas. A Terra atualmente tem 12 placas tectônicas principais e muitas mais sub-placas de menores dimensões. Segundo a teoria da tectônica de placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência, ou "zonas de rifte", e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas. São reconhecidas 55 placas tectônicas, 15 principais e 40 menores.

Para medir a intensidade dos terremotos utilizamos comumente a escala Richter, também conhecida como escala de magnitude local ou , é uma escala logarítmica arbitrária, de base 10, utilizada para quantificar a magnitude de um sismo. Portanto, terremotos são tremores (sismos) provocados pela movimentação da crosta pelas correntes de convecção do manto ocasionando choques entre as placas.
Hoje tivemos no Equador mais um forte terremoto de 6.8 na Escala Richter. O epicentro ocorreu a costa oeste do equador a poucos quilômetros do epicentro do tremor de 16 de abril. O primeiro evento ocorreu as 04h57 pelo Horário de Brasília e atingiu 6.7 pontos de magnitude. O segundo tremor ocorreu às 13h46 e foi calculado em 6.8 magnitudes. Ambos ocorreram a 32 quilômetros de profundidade, a cerca de 24 quilômetros da cidade de Rosa Zarate e foram registrados pelo sismógrafo do Apolo11/Painel Global, instalados na cidade de São Paulo.
Assistam o vídeo de um especialista comentando sobre movimentação da crosta terrestre ocasionando terremotos.



Toda quarta e sábado uma nova matéria. Até a próxima! 

sábado, 14 de maio de 2016

VAMOS FAZER UMA ASTROFOTO?

Quem nunca tentou tirar uma foto da lua com uma câmera ou celular? Observar os Astros é algo fascinante e encantador. Em breve devo abrir um minicurso para iniciantes e amantes da astronomia que tenham interesse em aprender técnicas para registrar imagens de astros como a lua, planetas, aglomerados, dentre outros sem o auxílio de telescópio e com telescópio. A inscrição será feita aqui no blog ou por e-mail em tiagomarinho45@gmail.com. Informações dos valores em breve!
Câmera Olympus SP-810UZ 14MP 36xZoom f/24mm, sem auxílio de telescópio. Registro 14/05/2016 as 21:00. Foto: Prof. Tiago Marinho autor do Blog Geografia: Uma Visão Holística

Mas o que é a Astrofotografia?

Astrofotografia é um tipo especializado de fotografia que envolve gravar imagens de corpos celestes e grandes áreas do céu noturno. A primeira fotografia de um corpo celeste (a Lua) foi tirada em 1840, mas foi somente no final do séc. XIX que a tecnologia permitiu a fotografia estelar detalhada. 

Além de ser capaz de gravar os detalhes de corpos extensos, como a Lua, o Sol e os planetas, a astrofotografia tem a capacidade de mostrar objetos invisíveis ao olho humano, como nebulosas e galáxias. Isso é feito por longa exposição, usando uma capacidade que tanto os filmes quanto os sensores digitais têm de acumular fótons de luz em longos períodos de tempo. 

A fotografia revolucionou a pesquisa astronômica profissional. As longas exposições revelaram centenas de milhares de novas estrelas e nebulosas que eram invisíveis ao olho humano, levando a telescópios óticos especializados cada vez maiores, que eram essencialmente grandes "câmeras", projetados para coletar a luz e gravá-la no filme. 

A astrofotografia teve um importante papel no início dos estudos do céu e da classificação das estrelas, mas com o tempo, deu lugar a equipamentos mais sofisticados e técnicas especialmente concebidas para a investigação científica, com o filme tornando-se apenas uma das muitas formas de gravar a imagem. Astrofotografia hoje é parte da astronomia amadora, e normalmente é utilizada para gravar imagens esteticamente agradáveis do céu, ao invés de imagens para a pesquisa científica.


Referências 

David Malin, Dennis Di Cicco, Astrophotography - The Amateur Connection, The Roles of Photography in Professional Astronomy, Challenges and Changes.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA - OBA

Boa noite a todos
Amanhã é dia de OBAAAAAA. 
Mais um ano de Olimpíada Brasileira de Astronomia e estou aqui mais uma vez orientando todos os alunos que irão fazer amanhã dia 13/05/2016 uma ótima prova rumo a medalha de ouro.

O aulão hoje foi no Colégio Santa Maria, Recife-PE, com os alunos do Fundamental 2 e Médio. Todos estão preparados para esse novo desafio. Assuntos como movimentos da Terra, Ano Bissexto, Ano Sideral, reconhecimento do mapa celeste com o software Stellarium e outros temas que estarão na prova desse ano.

Vai aqui mais dicas para a prova da OBA: 

Ano Bissexto: Tente dividir o ano por 4. Se o resto for diferente de 0, ou seja, se for indivisível por 4, ele não é bissexto. Se for divisível por 4, é preciso verificar se o ano acaba em 00 (zero duplo). Em caso negativo, o ano é bissexto. Se terminar em 00, é preciso verificar se é divisível por 400. Se sim, é bissexto; se não, é um ano normal. 

Achou confuso? Vejamos na prática como funciona a regra. Tomemos 2008 como exemplo. 2008 é um número divisível por 4 (o resultado é 502) e que não acaba em 00. Logo, esse ano é bissexto. Já o ano 1900 não foi bissexto: é divisível por 4, termina em 00, mas não é divisível por 400. O ano 2000, por sua vez, foi bissexto: é divisível por 4, termina em 00 e é divisível por 400.

SOLSTÍCIO E EQUINÓCIO: O solstício e o equinócio ocorrem duas vezes por ano. Geralmente nos dias 20, 21 ou 22 de junho e dezembro, no caso do solstício, e nos dias 22 ou 23 de setembro e 20 ou 21 de março para o equinócio.
ANO TRÓPICO - Intervalo de tempo entre duas passagens consecutivas do Sol pelo ponto vernal ( ponto equinocial de março ). Sua duração é de 365d 05h 48m 46s. O ano trópico ( ou ano das estações ) é o empregado para regular os calendários solares, como o que utilizamos em nossa vida diária.

ANO SIDERAL - O termo ano sideral é usado para referir-se ao período de revolução do planeta Terra em torno do Sol, relativamente às estrelas. Para entender melhor, em questão de dias, um ano sideral tem 365,2564 dias solares médios ou ainda 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 10 segundos. “No antigo calendário romano, o primeiro dia do mês se chamava calendas, e cada dia do mês anterior se contava retroativamente. Em 46 a.C., Júlio César mandou que o sexto dia antes das calendas de março deveria ser repetido uma vez em cada quatro anos, e era chamado ante diem bis sextum Kalendas Martias ou simplesmente bissextum. Daí o nome bissexto”, segundo fragmento de KEPLER e SARAIVA (1993).

PERIGEU - O perigeu pode ser aplicado para qualquer astro celeste, indicando que se encontra no ponto mais próximo da Terra em relação a sua órbita. No entanto, o perigeu lunar é o mais comum nos estudos astronômicos. Quando este evento acontece, no mesmo tempo em que a lua está na sua fase “cheia”, cria-se um fenômeno chamado de superlua.

ROTAÇÃO E TRANSLAÇÃO: Movimentos básicos que a Terra realiza. Rotação 24h e translação é o movimento que a Terra realiza ao redor do Sol a uma distância aproximada de 1 unidade astronômica, ou 149.597.870.700 metros. Uma translação completa ao redor do Sol leva 1 ano sideral ou 365,256363 dias solares ou 365 dias 6h 09' 10".

APOGEU - É o substantivo masculino do âmbito da astronomia que indica o ponto mais distante que um corpo celeste apresenta em relação à Terra.

PERIÉLIO - É o ponto da órbita de um corpo, seja ele planeta, planeta anão, asteroide ou cometa, que está mais próximo do Sol.

AFÉLIO - É o ponto da órbita em que um planeta ou um corpo menor do sistema solar está mais afastado do Sol.

Pessoal muito cuidado com as questões de reconhecimento do céu noturno, geralmente aparece solicitando para indicar uma constelação e estrelas como no exemplo abaixo:

BOA PROVA A TODOS
SUCESSO!